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Pela primeira vez no ano, Caixa reduz juros para financiamento da casa própria

BRASÍLIA – As taxas de juros do crédito imobiliário com recurso de poupança da Caixa vão ficar mais baratas a partir de amanhã. O banco anunciou nesta terça-feira, 8, que reduzirá em 0,25 ponto porcentual ao ano todas as taxas para pessoas físicas que financiarem imóveis novos ou usados enquadrados no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), independentemente do relacionamento com a instituição.

Neste ano, a Caixa aumentou os juros do crédito imobiliário em março, depois de ter feito três reajustes em 2015. A redução desta terça deve ser seguida pelos demais bancos, já que a Caixa, principal fornecedor de imóveis do País (com quase 67% de participação no mercado imobiliário), serve de piso para os concorrentes.

Em nota, a Caixa diz que o corte é reflexo da diminuição da taxa básica de juros (Selic), que foi reduzida para 14% ao ano pelo Banco Central, em outubro. “O objetivo é contribuir para alavancagem de vendas de imóveis novos de construtoras parceiras e, consequentemente, atrair novos clientes para a instituição, com condições especiais no crédito imobiliário”, informou o banco.

A Caixa reservou R$ 93 bilhões para o crédito habitacional em 2016, dos quais R$ 66,2 bilhões foram aplicados. A expectativa do banco é aplicar R$ 26,8 bilhões até o fim do ano.

Sob o comando de Gilberto Occhi, que assumiu no governo Michel Temer, a Caixa adotou uma série de medidas para incentivar o setor da construção. Para as famílias, o banco dobrou o limite de financiamento dos imóveis de R$ 1,5 milhão para R$ 3 milhões, e aumentou o porcentual que pode ser financiado. Ás construtoras, destinou R$ 10 bilhões ao reabrir uma linha específica e passou a permitir que as operações sejam fechadas com 80% de execução das obras. Também reformou a linha Construcard, que financia materiais de construção.

As novas taxas variam conforme o grau de relacionamento do cliente com a Caixa. Para clientes que não são correntistas do banco, a taxa pelo Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), por exemplo, cairá de 12,5% ao ano para 12,25%. No caso de servidor que recebe salário pela Caixa, a taxa será reduzida para 10,75%, ante 11% ao ano.

Para os financiamentos enquadrados no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), a taxa balcão para quem não tem relacionamento com o banco cairá de 11,22% para 11%. Os juros dos servidores públicos que recebem na Caixa serão de 9,7%, ante 10% ao ano.

Para clientes que adquirirem imóveis novos ou na planta, cuja construção tenha sido financiada pela Caixa, e fizerem a opção de receber o salário pelo banco, serão cobradas taxas iguais às oferecidas aos servidores públicos. As taxas de juros passarão de 11,22% ao ano para 9,75% ao ano, para os imóveis no SFH, de 12,5% ao ano para 10,75% ao ano, para imóveis enquadrados no SFI.

O limite do SFH para imóvel residencial é R$ 650 mil, para todo país, exceto para Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, onde é de R$ 750 mil. Os imóveis residenciais acima dos limites do SFH são enquadrados no SFI.

Além da redução de juros, a Caixa diminuiu o limite mínimo de financiamento com recursos da poupança de R$ 100 mil para R$ 80 mil. O novo piso vale tanto para imóveis novos como usados, dentro do SFH ou SFI.

Para as empresas, a Caixa reduzirá a taxa de juros em 1 ponto porcentual ao ano, em todas as faixas de relacionamento. As taxas para micro e pequenas empresas (MPE) cairão de 14% para 13%, e para médias e grandes, de 13,5% para 12,5%. De acordo com o relacionamento da empresa com o banco, a redução dos juros pode chegar a 1,5% ao ano.

Para imóveis enquadrados no SFI, o banco modificou a remuneração do Correspondente CAIXA Aqui (exceto repasses), padronizando em 1% o valor do financiamento, com limite de R$ 2 mil nas operações do FGTS e sem limite para o SBPE.

A Caixa ainda realizou uma série de ajustes para empresa que pretendem financiar a construção de empreendimentos pelo banco (Apoio à Produção), dentro do SBPE. O prazo do produto foi elevado para 36 meses, com carência de um ano pós-obra e possibilidade de acréscimo de 25% sobre a obra a executar.

 

Fonte: Economia.estadão.com.br

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Após corte de preço na refinaria, DF passa a ter a gasolina mais barata do País

Os preços da gasolina nos postos voltaram a subir em 12 Estados na semana passada, a segunda com a nova política da Petrobrás, que reduziu o valor do combustível na refinaria em 3,2% no dia 14. São Paulo, com a maior frota do País, registrou novo aumento no derivado de petróleo, de R$ 3,472 para R$ 3,48 por litro, e deixou de ter o produto mais barato do Brasil. Essa posição, agora, é ocupada pelo Distrito Federal, que na última semana viu a gasolina cair de R$ 3,558 para R$ 3,465 por litro.

Outro destaque de queda foi o Amazonas, onde a gasolina passou de R$ 3,63 para R$ 3,575 por litro. Na contramão, Pernambuco e Goiás tiveram as maiores altas. No Estado do Nordeste, o produto foi de R$ 3,614 para R$ 3,688 o litro, enquanto no Estado do Centro-Oeste variou de R$ 3,829 para R$ 3,863 por litro.

 

Em nível nacional, o preço da gasolina subiu em 12 Estados, caiu em outros 12 e no Distrito Feral e não se alterou em Santa Catarina e Pará. O litro mais caro é observado no Acre, a R$ 4,117. Na média Brasil, a gasolina ficou praticamente estável na semana passada na comparação com a anterior, oscilando de R$ 3,671 para R$ 3,669 por litro.

 

Fonte: Economia.estadão.com.br

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O contra-ataque digital dos grandes bancos

Para os empreendedores do Vale do Silício, na Califórnia, receber investidores não é uma novidade. Por isso, a discreta visita de dois senhores brasileiros em novembro do ano passado não causou grande burburinho. Ambos aproveitaram a viagem para visitar algumas das principais fintechs locais, nomes como Credit Karma e Wealth Front, que concedem empréstimos e indicam investimentos a dezenas de milhões de clientes nos Estados Unidos. Dez meses depois, porém, o resultado do périplo de Roberto Setubal e Marco Bonomi, presidente executivo e vice-presidente de varejo do Itaú Unibanco, já era visível.

No início de setembro, o banco tornou possível abrir uma conta sem ter de comparecer a nenhuma agência. Basta fazer um selfie, fotografar os documentos e enviar para o computador do Itaú, tudo pelo celular. A parte burocrática agora dispensa a movimentação de documentos físicos. “Nossa meta é que, até 2017, os clientes poderão fazer absolutamente todas as transações com o banco pelo celular”, diz Setubal, que recebeu na quinta-feira 22 o prêmio de Empresa do Ano do anuário AS MELHORES DA DINHEIRO (leia mais aqui). “Investimos cerca de R$ 3,3 bilhões em um novo centro de processamento de dados. A nova unidade vai permitir que avancemos muito na oferta de soluções tecnológicas para os clientes.”

A revolução digital, que permitiu o lançamento do Banco Original, do Grupo J&F, também é uma prioridade no Bradesco e no Santander. O maior rival do Itaú deve anunciar, ainda neste ano, o lançamento do Bradesco Digital, provavelmente sob a marca Next. Os aplicativos que vão apoiar essas mudanças estão sendo desenvolvidos em um misto de startup e centro de pesquisas sobre atividade bancária, alojada em um prédio na Cidade de deus, em Osasco (SP). O comando é de Maurício Machado de Minas, diretor de tecnologia do banco.

O executivo Luca Cavalcanti, diretor de Canais Digitais do Bradesco, falou à DINHEIRO sobre a estratégia da instituição. “Estamos preparando o banco para a era digital, pois a demanda do cliente é essa”, diz ele. “Não pensamos apenas no aumento da eficiência e no corte de custos, mas também em uma maneira de facilitar a inclusão bancária, e a maior parte disso estará ligada, de uma forma ou de outra, a aplicativos para dispositivos móveis.” No Brasil, bancos e tecnologia sempre estiveram próximos. Não por acaso, o segundo computador adquirido por uma empresa brasileira foi um IBM 1401 comprado em 1962, pelo Bradesco.

Transações bancárias pela internet e caixas automáticos que funcionam sem intervenção humana há muito tempo fazem parte da paisagem diária. As iniciativas móveis, porém, vinham caminhando de maneira tímida. Só que isso vai mudar, pois há agora uma variável nova nessa equação: a nova geração de clientes. Os novos usuários de produtos financeiros serão os millennials, também conhecidos como Geração Y. Nascidos entre o início dos anos 1980 e o fim da década de 1990, são conhecidos por sua enorme diversidade, mas têm alguns pontos comuns. São impacientes, querem tudo, querem agora, e se frustram facilmente.

Se uma solução não agrada, partem para a próxima. Na essência, não são muito diferentes dos seus pais e avós. Mas, na prática, têm algo que lhes permite agir dessa maneira: tecnologia à disposição e facilidade para usá-la. “Isso muda as relações de consumo em toda a economia, mas com mais profundidade no sistema financeiro”, diz Guilhermo Bressane, responsável pela área de finanças do Google do Brasil. Dito assim, o cargo de Bressane pode levar a uma percepção enganosa. Ele não cuida das contas a pagar e a receber do portal, mas sim atende as empresas financeiras que são, de uma forma ou de outra, clientes do Google.

Entre elas, algumas dezenas de fintechs brasileiras e milhares de outras pelo mundo afora. Por isso, Bressane e sua equipe têm acesso a uma quantidade inimaginável de informações em tempo real sobre o que está acontecendo no mundo do dinheiro, o que lhes permite não apenas saber o que está acontecendo em tempo real, mas prever, com um razoável grau de precisão, quais serão os novos movimentos da indústria. O que ele pensa do momento atual? “Estamos prestes a testemunhar uma das mudanças mais profundas desse setor em décadas”, diz Bressane (leia entrevista ao final da reportagem).

Estatisticamente, o avô de um cliente da Geração Y considerava a ida ao banco uma hora agradável do dia. O pai de um millennial considera a ida ao banco uma obrigação. O cliente da Geração Y vive em contato com o banco, mas não sabe onde fica sua agência, nem faz questão de saber. Dados do Google, a que DINHEIRO teve acesso com exclusividade, mostram que, em média, um millennial interage com seu celular 150 vezes por dia, poucos segundos por vez, para consultar uma mensagem de texto ou postar uma foto em uma rede social. “As interações do cliente com o banco não serão muito diferentes”, diz Bressane. Assim, só os bancos que entenderem a nova forma de o cliente interagir com eles vão permanecer competitivos.

Essa é a aposta de Thiago Alvarez e Benjamin Gleason, fundadores da fintech GuiaBolso. Uma das poucas, ao lado da operadora de cartões de crédito NuBank, a contar com aportes de capital de investidores, a GuiaBolso inspira-se na Credit Karma. Nos Estados Unidos, a fintech pesquisa a classificação de risco do cidadão americano, confere quais bancos estão dispostos a emprestar-lhe dinheiro e faz a ponte com o potencial cliente, sem custo. O lucro vem da comissão paga pelo banco que concede o empréstimo. Com 60 milhões de clientes, a Credit Karma vale US$ 3,5 bilhões.

Por aqui, o GuiaBolso proporciona aos cerca de três milhões de clientes uma visão em tempo real de sua situação financeira e não intermedia empréstimos. Ainda. “O Brasil tem cerca de 60 milhões de contas bancárias, e temos muito espaço para crescer nesse mercado”, diz Alvarez. Esses concorrentes ainda não são capazes de deslocar largas fatias do mercado atual dos bancos, mas podem ser ameaças sérias ao mercado futuro. Por isso, os gigantes do varejo vêm estudando assuntos que, até há pouco tempo, eram impensáveis. “Passamos boa parte do tempo pesquisando como o cliente usa o polegar no celular”, diz Cavalcanti, do Bradesco. “A ideia é que o desenho do aplicativo seja o mais interativo possível.”

A estratégia do Santander Brasil é semelhante. Em uma incubadora de novos negócios na sede do banco, na Zona Sul de São Paulo, Alessandro Andrade, superintendente executivo de canais digitais do banco, comanda a ofensiva dos espanhóis no front digital. Os primeiros ataques vieram pelos flancos, mais especificamente o mercado de financiamentos automotivos e o processamento de transações de cartão de crédito. Isso ocorre por meio de duas subsidiárias integrais do banco, que nasceram como startups e foram adquiridas pelo Santander: o portal de classificados automobilísticos WebMotors, adquirido no início da década, e a empresa de cadastramento de usuários de cartões de crédito GetNet, comprada em 2014.

No início de setembro, o banco, por meio da GetNet, lançou um terminal de processamento de transações com cartões ligado ao celular, e as novas iniciativas vão aproveitar a base de mais de dez milhões de clientes da WebMotors. O Banco do Brasil também está surfando nessa onda virtual. Na quinta-feira 22, o banco lançou um aplicativo para digitalizar todas as transações com celular, o OuroCard-e. “Agora, tão importante quanto entregarmos um cartão de plástico para o cliente, será colocar o aplicativo em seu celular”, diz Raul Moreira, vice-presidente de negócios de varejo do BB. E o porquê de tudo isso é resumido por Setubal. “A tecnologia vai aumentar a concorrência e reduzir a margem de lucro dos bancos”, diz ele. “Precisamos estar preparados para o futuro.”

“A internet vai permitir transações financeiras on-line em larga escala”

Guilhermo Bressane, responsável pela área de finanças do Google do Brasil, falou com a DINHEIRO

Estamos em um momento de ruptura na relação entre bancos e tecnologia?
Sim. Mais da metade da população brasileira tem acesso à internet e quando essa proporção passa de 50%, isso cria um ambiente propício para vários modelos de negócio. Isso ocorre graças ao smartphone. Ele se torna o primeiro portal de acesso do consumidor, que abre mão de uma televisão mais sofisticada ou de um tablet.

Como isso beneficia as fintechs e afeta os bancos?
Uma vez que o acesso à internet está democratizado, começamos a ter a capilaridade necessária para a atuação das fintechs. A internet vai permitir transações financeiras on-line em larga escala. Os bancos dependem de agências físicas, mas isso começa a mudar.

As fintechs são complementares ou concorrentes dos bancos?
Elas até concorrem em algumas esferas, mas são muito mais complementares. Uma fintech que se propõe a ser grande assusta quem já está estabelecido no primeiro momento. Aos poucos, porém, os bancos, os adquirentes e as bandeiras de cartão acabam percebendo que isso é complementar. O grande desafio deles é encontrar maneiras de trabalhar com essas fintechs que seja produtivo para os dois lados. E isso já está ocorrendo.

 

Fonte: m.istoedinheiro.com.br

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PF faz operação em 8 estados e no DF contra fraude em fundos de pensão

PF faz operação;

 

Policiais federais foram às ruas nesta segunda-feira (5) em uma operação que investiga irregularidades em quatro dos maiores fundos de pensão do país, todos ligados a estatais. Os desvios são estimados em pelo menos R$ 8 bilhões. Ao todo, são cumpridos 106 mandados de busca e apreensão, 34 mandados de condução coercitiva e 7 mandados de prisão temporária. De acordo com a Polícia Federal, os alvos são 74 pessoas e 38 empresas ou entidades.

Entenda aqui o que são fundos de pensão.

Os focos da operação “Greenfield” são a Funcef (fundo de pensão de funcionários da Caixa), a Petros (Petrobras), a Previ (Banco do Brasil) e o Postalis (Correios). A ação da PF conta com auxílio do Ministério Público Federal, da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Os mandados foram expedidos pela 10ª Vara Federal de Brasília. As ações ocorrem em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Amazonas e no Distrito Federal.

Em São Paulo, a PF cumpriu mandados nas empresas Eldorado, Engevix, OAS e WTorre. O ex-diretor da OAS, Léo Pinheiro, foi alvo de condução coercitiva. Ele já estava em prisão provisória pela Lava Jato (veja ao fim desta repotagem o posicionamento dos citados).

(Correção: ao ser publicada, esta reportagem errou ao informar que Léo Pinheiro estava em prisão domiciliar. Na verdade, ele chegou a ter a prisão domiciliar decretada, mas atualmente estava em liberdade provisória, segundo o advogado Edward de Carvalho. O erro foi corrigido às 11h31 desta segunda-feira).

Entre os presos está o ex-presidente da Funcef, Carlos Alberto Caser, o diretor da Funcef Maurício Marcellini Pereira, os ex-diretores da Funcef Carlos Augusto Borges, Demósthenes Marques e o ex-diretor da Petros Humberto Pires Grault Viana de Lima.

Foram alvos de busca as empresas Santander, Bradesco Asset Manager, Brookfield, Deloidde, Evovix, Engevix, Envepar, J&S, OAS, Sete Brasil e a vice-presidência de Gestão e Ativos da Caixa.

Foram expedidos mandados de condução coercitiva para ouvir o dono da Gradiente, Eugênio Staub, ex-presidente da Petros Carlos Fernando Costa, o ex-gerente de serviços da Petrobras Pedro Barusco, o ex-presidente da Previ Sérgio Rosa, e o empresário Cristiano Kok, presidente do conselho de administração da empreiteira Engevix.

“A decisão judicial ainda determinou o sequestro de bens e o bloqueio de ativos e de recursos em contas bancárias de 103 pessoas físicas e jurídicas que são alvos da operação no valor aproximado de R$ 8 bilhões”, informou a Polícia Federal.

De acordo com a corporação, as investigações foram motivadas após a revelação da causa de  déficits bilionários de fundos do tipo. “De dez casos, oito são relacionados a investimentos realizados de forma temerária ou fraudulenta pelos fundos de pensão, por meio dos FIPs (Fundos de Investimentos em Participações)”, disse a polícia.

Os investigadores observaram a configuração de núcleos criminosos: o empresarial, o dirigente de fundos de pensão, o núcleo de empresas avaliadoras de ativos e o núcleo de gestores e administradores dos fundos de investimentos em participações.

De acordo com a PF, os investigados podem ser indiciados por gestão temerária ou fraudulenta. Também podem responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional.

Ao todo, participaram da operação iniciada pela manhã cerca de 560 policiais federais, 12 inspetores da CVM, 4 procuradores federais da CVM, 8 auditores da Previc e 7 procuradores da República.

Greenfield
O nome da operação faz alusão a investimentos que envolvem projetos incipientes (iniciantes, em construção), ainda no papel, como se diz no jargão dos negócios. No sistema financeiro, o contrário de investimentos Greenfield é o Brownfield. Nesse tipo, os recursos são aportados em um empreendimento/empresa já em operação.

Fundos de pensão
Um fundo de pensão é uma entidade sem fim lucrativo criada para proporcionar a renda de aposentadoria de trabalhadores de determinada carreira. Ela gere o patrimônio de contribuição de participantes. Os primeiros fundos do tipo surgiram na década de 1960.

A suspeita de irregularidades nessas entidades motivou a criação de uma CPI na Câmara, em agosto de 2015. O relatório final sugeriu ao Ministério Público o indiciamento de 353 envolvidos (entre pessoas e instituições), apontadas como responsáveis por um prejuízo de R$ 6,6 bilhões a quatro fundos de pensão.

O objetivo da CPI era apurar indícios de fraude e má gestão de fundos de previdência complementar de funcionários de estatais e servidores públicos, entre 2003 e 2015, que causaram prejuízos aos seus participantes. Os quatro fundos investigados pela CPI eram Postalis (Correios), Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa).

VEJA ONDE SÃO CUMPRIDOS OS MANDADOS

DF: 20 mandados de busca e apreensão, 6 conduções coercitivas e 5 mandados de prisão temporária

São Paulo:
São Paulo – 44 mandados de busca e apreensão, 17 conduções coercitivas e 1 prisão temporária
Campinas – um mandado de busca e apreensão e um de condução coercitiva;
Santos – um mandado de busca e apreensão

Rio de Janeiro:
Rio de Janeiro – 28 mandados de busca e apreensão, 7 conduções coercitivas e 1 prisão temporária
Niterói: três mandados de busca e apreensão e um de condução coercitiva

Espírito Santo:
Vila Velha – um mandado de busca e apreensão e um prisão temporária

Bahia:
Salvador – um mandado de busca e apreensão e um condução coercitiva
Ilhéus – um mandado de busca e apreensão

Paraná:
Curitiba – um mandado de busca e apreensão;

Rio Grande do Sul:
Porto Alegre – dois mandados de busca e apreensão e um de condução coercitiva

Santa Catarina:
Florianópolis – três mandados de busca e apreensão, um de condução coercitiva e um mandado de prisão temporária

Amazonas
Manaus – dois mandados de busca e apreensão

Segundo a Polícia Federal, o número de mandados (de busca e apreensão, condução coercitiva e prisão) é diferente do numero total de alvos porque parte deles teve medidas cumpridas em mais de um endereço.

POSICIONAMENTOS

Funcef
A Funcef afirma que possui rigorosos padrões éticos em todos os investimentos e na relação com seus participantes e assistidos e reafirma que está à disposição das autoridades.

Santander
“A Polícia Federal solicitou ao Santander o fornecimento de alguns documentos relacionados aos fundos Funcef, Global, Petros, Previ e à Sete Brasil.  Fundamental esclarecer que essas investigações não têm qualquer relação com o Santander, mas sim com os referidos fundos.”

Previ
Segundo a Previ, toda a documentação requerida foi disponibilizada aos policiais federais, que cumpriram mandado na sede da entidade, no Rio de Janeiro. “Ressaltamos que, no âmbito da CPI dos Fundos de Pensão concluída recentemente na Câmara dos Deputados, o relatório final da investigação confirmou a boa governança da Previ. Nenhum dirigente ou executivo da entidade estava entre as pessoas indiciadas pela comissão, assim como qualquer constatação de irregularidade do fundo”, afirma.

 

Fonte: g1.globo.com

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Itaú Unibanco já está pronto para abertura de conta 100% digital, diz diretor

O Itaú Unibanco está em fase pré-operacional da abertura de contas 100% digital, de acordo com Marco Bonomi, diretor geral de varejo da instituição. O banco acaba de lançar um aplicativo que viabiliza a operação. “Estaremos operacionais em breve, bem em breve. Esses clientes já nascem 100% digital”, disse o executivo, ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, sem revelar datas, após palestrar em evento da Fenabrave.

A abertura de contas digitais do Itaú está sendo feita pelo aplicativo Abreconta, já disponível para IPhone. Em breve, o banco também deve lançar a ferramenta para celulares com sistema Android. “O Itaú já iniciou os testes com um grupo de clientes para oferecer a possibilidade de abertura de conta corrente de forma 100% online. O banco já disponibilizou o programa em uma loja de aplicativos e em breve o serviço estará disponível”, reforçou o banco, em nota ao Broadcast.

Com o lançamento do Abreconta, o Itaú é o primeiro grande banco a seguir a resolução do Banco Central nº 4.480. Publicada em abril último, a resolução permite que a abertura de conta corrente seja feita por meio eletrônico, utilizando instrumentos e canais remotos, sem a necessidade de comparecer a uma agência bancária.

De acordo com Bonomi, operações junto a clientes digitais, captados nas agências bancárias, já respondem por 45% do resultado do varejo do Itaú. O segmento é o principal gerador de lucro do banco. De 60% a 65% do resultado do Itaú, conforme Bonomi, vêm do varejo.

 

 

Fonte: istoedinheiro.com.br

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10 coisas que você precisa saber se quiser trabalhar no Itaú

Um dos maiores bancos do planeta, com 91 437 colaboradores e 59 milhões de clientes no mundo, o Itaú-Unibanco perdeu o posto de primeiro lugar em receitas de banco de investimento na América Latina para o Bank of America, de acordo com o levantamento da Dealogic, especialista em rankings financeiros. Isso, no entanto, não abala seu ritmo de crescimento. No ano passado, a instituição registrou aumento de 10% no seu faturamento em relação ao mesmo período em 2014. Embora sem previsões de contratações nos próximos meses, o Itaú segue atraindo candidatos que esperam uma boa oportunidade de trabalho e crescimento profissional. Saiba como é a rotina dos empregados do banco brasileiro com maior presença no exterior.
1. De olho no cliente final
Desde a fusão com o Unibanco em 2008, a empresa busca reajustar a cultura.  Agora, não importa o nível e área de atuação, esperam-se funcionários que coloquem o consumidor em primeiro lugar. Pessoas que consigam avaliar o impacto de suas ações diárias na vida do cliente são as mais procuradas pela empresa.
2. Tecnologia para crescer
Um dos grandes objetivos do banco é se tornar mais inovador. Para isso, a área de tecnologia se integra mais aos negócios e se torna estratégica. Há desde o desenvolvimento de aplicativos para acesso à conta via celular até o incentivo a empreendedores com a criação do Cubo, escritório compartilhado para startups em São Paulo.
3. Sem puxar o tapete
A empresa procura profissionais mais competitivos, que gostam de ter metas altas e de mostrar trabalho. Só assim é possível ser notado lá dentro. Pessoas com vontade de se desenvolver e que gostam de propor ideias são bem-vindas. Mas não há espaço para a competição a todo custo.
5. Estágios no exterior
O banco tem unidades em 19 países nas Américas, Europa, Oriente Médio e Ásia. No entanto, as chances de expatriação não são muito frequentes. É mais fácil fazer intercâmbios curtos em outros países.
6. Crescimento lateral
Como regra, toda vaga aberta na empresa tem de ficar ao menos 10 dias disponível para os funcionários antes de sair no mercado. Movimentações entre áreas são incentivadas e essa é a forma mais comum de fazer carreira lá dentro.
7. Nada de carteirada
A direção e a área de recursos humanos estão trabalhando para diminuir o peso da hierarquia nas relações do dia a dia: todos os funcionários devem ter espaço para falar e expor suas ideias e os líderes são treinados para lidar bem com isso.
8. Carreira longa
Quem quer uma carreira veloz pode se frustrar: o crescimento no banco não é feito aos saltos. Por isso, é mais feliz quem não se importa de fazer uma carreira de longo prazo. O tamanho da instituição também faz com que vagas abertas em nível sênior sejam mais raras.
9. Visão de time
Antes, o Itaú-Unibanco procurava profissionais de alto nível técnico. Agora, eles preferem pessoas que gostem de trabalhar em equipe e que consigam desenvolver times. Por isso, demonstrar boa capacidade de comunicação é um dos pontos essenciais para quem quer entrar lá.
10. Foco na ética
A ética é vista como um dos pilares dentro do banco. Inclusive, nas entrevistas de emprego, os candidatos devem conseguir mostrar exemplos de situações de teor ético por que passaram e como reagiram.
Palavra da empresa
“Somos uma instituição prestadora de serviço, fundamentalmente baseada em servir pessoas. Gente é tudo para gente, precisamos de pessoas que saibam trabalhar em equipe, que sejam gente boa e que queiram melhorar todo dia sua qualificação”.
Marcelo Orticelli, diretor de RH do Itaú.
Fonte: vocesa.oul.com.br
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Nota Pública do Planalto é uma explicação inexplicável.

 

DILMA: Seguinte, eu tô mandando o “BESSIAS” junto com o PAPEL pra gente ter ele, e só usa em caso
de necessidade, que é o TERMO DE POSSE, tá?!
LULA: “Uhum”. Tá bom, tá bom.

Tão logo surgiu a gravação do grampo do ex-Presidente com a senhora Dilma, a secretaria de imprensa divulgou nota tentando alterar a contextualização do diálogo publicamente divulgado. Afirma a nota que “Uma vez que o novo ministro, Luiz Inácio Lula da Silva, não sabia ainda se compareceria à cerimônia de posse coletiva, a Presidenta da República encaminhou para sua assinatura o devido termo de posse. Este só seria utilizado caso confirmada a ausência do ministro.

Logo a imprensa utilizou o trecho de forma a iludir a massa de manobra de direita? Será isto que ocorreu? Até então parece que foi esclarecida a questão (ao ponto de vista da massa de manobra de esquerda). Mas eis que colocamos a reflexão:

Quem utiliza? “Pra gente” é Nós. Nós utilizamos ou utilizaremos algo em comum acordo (governo e empossado), em caso de necessidade, correto?

A necessidade colocada em nota por parte do Governo de ter a formalização da posse demonstra total disparidade e conflito de interesses se observada a necessidade do empossado, nos trechos de conversas apresentados entre este e o ex-ministro da casa civil dias antes de sua nomeação:

LULA: Você viu que eu já tirei você da CASA CIVIL, né porra?!

JAQUES WAGNER: Meu cargo está à sua disposição, viu?!

LULA: Ta bom.

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O fato da nota divulgada não ter a assinatura da Presidente não é esclarecedora de maneira alguma a favor da explicativa dada, visto que se ocorresse qualquer mandado judicial expedido de prisão preventiva do empossado bastaria à defesa apresentar a nota assinada pela Presidência, ao que se sabe que Dilma está em Brasília e assinaria a nota em décimos de segundos, horas! Qualquer imbecil consegue fazer um texto em word e colocar uma assinatura no mesmo, e de qualquer lugar do planeta enviar o tal “termo” haja vista a tecnologia que nos cerca atualmente. Não deveria ser ao menos timbrado tal documento? Quem confia nessa imagem?

 

Jaques Wagner, seu cargo está à disposição do POVO BRASILEIRO. Luiz Inácio, você deveria trabalhar para o POVO BRASILEIRO.