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Maioria do STF vota contra réus na linha sucessória presidencial

O Supremo Tribunal Federal (STF) votou a favor, na tarde desta quinta-feira, da ação apresentada pelo partido Rede Sustentabilidade de que réus não poderão ocupar cargos na linha de sucessão presidencial. A sessão foi suspensa após pedido de vistas do ministro Dias Toffoli, mas, com a antecipação do voto do ministro Celso de Mello, já há maioria a favor da ação.

Votaram a favor seis ministros: Marco Aurélio Mello, Edson Fachin, Teori Zavascki, Rosa Weber, Celso de Mello e Luiz Fux. A ação implica diretamente o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL). Renan responde a onze inquéritos no STF e é alvo de uma denúncia.

 

Fonte: Veja.abril.com.br

 

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Chefes dos Poderes se reúnem para discutir segurança pública

A reunião também deve amenizar o clima entre o presidente do Senado, Renan Calheiros, e a presidente do STF, Cármen Lúcia, após a operação da PF no Senado

 

Chefes dos três poderes estão reunidos nesta sexta-feira, no Palácio do Itamaraty, para discutir um pacto nacional para a segurança pública. A expectativa é de que, além de discutir os temas em pauta, o encontro sirva para amenizar o mal-estar entre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, causado pelas Operação Métis da Polícia Federal. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e os ministros da Justiça, Alexandre de Moraes, e da Defesa, Raul Jungmann, também participam do encontro.

“Será um momento muito significativo, porque a reunião dos três poderes do Estado e de outros órgãos que vão pensar juntos como resolver a segurança pública do país”, disse o presidente Michel Temer nesta quinta-feira durante entrevista coletiva. “É um tema angustiante para todo o povo brasileiro, daí porque nós todos temos de colaborar”, acrescentou.

De acordo com Temer, embora a segurança pública seja um tema de competência dos estados, será necessário que as autoridades dos três poderes juntem esforços para discuti-lo. Serão marcadas também reuniões entre governadores e secretários de segurança para dar continuidade às discussões.

Para o presidente, o mal-estar criado entre o Legislativo e o Judiciário devido a Operação Métis  já foi resolvido. “Acho que um ambiente de harmonia já está decretado, digamos assim, não vi nada que pudesse agredir aquilo que a Constituição determina e que os poderes, os chefes dos poderes, têm falado com muita frequência. Aliás, a ministra Cármen Lúcia com muita frequência invoca a ideia da harmonia e da independência dos poderes. As questões que vão surgindo, elas vão se resolvendo pouco a pouco pelos instrumentos institucionais. Como estão sendo resolvidas. Não há desarmonia nenhuma”, afirmou.

A presidente do STF saiu nesta terça-feira em defesa do juiz Vallisney de Souza Oliveira, que autorizou a prisão de quatro policiais legislativos na Operação Métis, após Renan classificar o magistrado como“juizeco”. Cármen Lúcia exigiu respeito à categoria. “Não é admissível que, fora dos autos, qualquer juiz seja diminuído ou desmoralizado. Como eu disse, quando um juiz é destratado,  eu também sou. Exigimos o igual respeito para que tenhamos uma democracia fundada nos princípios constitucionais.”

Segundo assessores, a previsão é que o encontro dure menos de duas horas. Pelo cronograma oficial, apenas um representante descerá ao térreo do prédio do Itamaraty para relatar à imprensa o que foi acertado entre os poderes da República. O presidente do Senado, Renan Calheiros, deve seguir direto para o Estado. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não deve participar do almoço que acontecerá após a reunião já que embarca para o Azerbaijão às 13 horas, para uma missão oficial que termina apenas no próximo dia 3 de setembro.

 

Fonte: Veja.abril.com.br

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PF diz que “amigo” em planilhas da Odebrecht se referia a Lula

Em um documento do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, ‘Amigo’ é destinatário de R$ 23 milhões

 

São Paulo – Relatório da Polícia Federal que indiciou criminalmente o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma) afirma que codinome ‘amigo’, em planilhas de propinas da Odebrecht, é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em um documento do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, ‘Amigo’ é destinatário de R$ 23 milhões.

O Setor de Operações Estruturadas da empreiteira era responsável pelo pagamento de propina a políticos, agentes públicos, ex-dirigentes da Petrobras, segundo a Lava Jato.

A PF afirma que a suspeita sobre Lula tem “respaldo probatório e coerência investigativa”. O relatório cita a sigla EO em suposta referência a Emílio Odebrecht, patriarca do Grupo Odebrecht.

“Luiz Inácio Lula da Silva era conhecido pelas alcunhas de ‘Amigo de meu pai’ e ‘Amigo de EO’, quando usada por Marcelo Bahia Odebrecht e, também, por ‘Amigo de seu pai’ e ‘Amigo de EO’, quando utilizada por interlocutores em conversas com Marcelo Bahia Odebrecht”, diz o relatório subscrito pelo delegado federal Filipe Hille Pace.

O delegado diz que esta parte da investigação está sob responsabilidade de um colega dele, o delegado federal Márcio Adriano Anselmo.

As planilhas da Odebrecht trazem, ainda, o codinome ‘italiano’, segundo a PF, uma referência a Antonio Palocci. O ex-ministro da Fazenda foi indiciado por corrupção passiva.

Segundo a Lava Jato, entre 2008 e o final de 2013, foram pagos pela Odebrecht mais de R$ 128 milhões ao PT e seus agentes, incluindo o ex-ministro.

“Muito embora haja respaldo probatório e coerência investigativa em se considerar que o ‘Amigo’ das planilhas ‘POSICAO – ITALIANO310712MO.xls’ e ‘POSICAO – ITALIANO 22 out2013 em 25 nov.xls’ faça referência a Luiz Inácio Lula da Silva, a apuração de responsabilidade criminal do ex-Presidente da República não compete ao núcleo investigativo do GT Lava Jato do qual esta Autoridade Policial faz parte”, afirma o delegado Filipe Hille Pace.

“Consigne-se, todavia, que tais elementos probatórios já são de conhecimento do Exmo. Delegado de Polícia Federal Márcio Adriano Anselmo, responsável pelo núcleo de investigação dos crimes que, em tese, teriam sido praticados por Luiz Inácio Lula da Silva.”

 

Defesa

Por meio de nota, o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, afirma: “A Lava Jato não apresentou qualquer prova que possa dar sustentação às acusações formuladas contra o ex-presidente Lula. São, por isso, sem exceção, acusações frívolas, típicas do lawfare. Na falta de provas, usa-se da ‘convicção’ e de achismos”.

O criminalista José Roberto Batochio declarou. “Este é um novo produto oníroco dos fundamentalistas que não apresentam provas, mas só ‘convicções fervorosas’, inspiradas por forças divinas”.

 

Fonte: Exame.abril.com.br

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Ex-deputado Eduardo Cunha é preso em Brasília e tem R$ 220 mi bloqueados

O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi preso nesta quarta-feira (19) em Brasília. A prisão do deputado é preventiva, segundo informou a Polícia Federal. O ex-deputado foi detido próximo ao local onde mora na capital federal.

Cunha é réu em processos da Operação Lava Jato que estão sob a responsabilidade do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.

A ordem de prisão foi expedida por Moro na última terça-feira (18).

Também foi decretado o bloqueio de bens de Cunha no valor de R$ 220.677.515,24.

No pedido de prisão, os procuradores da força-tarefa da Lava Jato sustentaram que a liberdade do ex-parlamentar representava risco à instrução do processo, à ordem pública, como também a possibilidade concreta de fuga em virtude da disponibilidade de recursos ocultos no exterior, além da dupla nacionalidade (Cunha é italiano e brasileiro).

O juiz é responsável pela ação penal na qual Cunha é réu sob a acusação de ter recebido propina em contas na Suíça do esquema de corrupção da Petrobras.

A denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) sustenta que o ex-deputado recebeu mais de R$ 5 milhões em propina por viabilizar a aquisição de um campo de petróleo em Benin, na África, pela Petrobras.

De acordo, com o MPF, Cunha recebeu US$ 1,5 milhão a título de propina, por intermédio do operador financeiro João Augusto Rezende Henriques, que depositou o valor em uma conta na Suíça. Henriques também se encontra preso preventivamente desde agosto de 2015 e já respondia pelos mesmos fatos perante a 13.ª Vara Federal Criminal desde junho de 2016. Na mesma ação penal foram denunciados Jorge Luiz Zelada, ex-diretor da Petrobras, Idalecio Oliveira, empresário português que era proprietário do campo, e Cláudia Cordeiro Cruz, mulher de Cunha, que é acusada de seu utilizar de uma conta em seu nome para ocultar a existência dos valores.

 

Razões para a prisão

O Ministério Público Federal cita dez motivos para a prisão de Cunha.

1) requerimentos no Tribunal de Contas da União (TCU) e Câmara dos Deputados sobre a empresa Mitsui para forçar o lobista Julio Camargo a pagar propina a Eduardo Cunha;

2) requerimentos contra o grupo Schahin, cujos acionistas eram inimigos pessoais do ex-deputado e do seu operador, Lucio Bolonha Funaro;

3) convocação pela CPI da Petrobras da advogada Beatriz Catta Preta, que atuou como defensora do lobista Julio Camargo, responsável pelo depoimento que acusou Cunha de ter recebido propina da Petrobras;

4) contratação da Kroll pela CPI da Petrobras para tentar tirar a credibilidade de colaboradores da Operação Lava Jato;

5) pedido de quebra de sigilo de parentes de Alberto Youssef, o primeiro colaborador a delatar Eduardo Cunha;

6) apresentação de projeto de lei que prevê que colaboradores não podem corrigir seus depoimentos;

7) demissão do servidor de informática da Câmara que forneceu provas evidenciando que os requerimentos para pressionar a empresa Mitsui foram elaborados por Cunha, e não pela então deputada “laranja” Solange Almeida;

8) manobras junto a aliados no Conselho de Ética para enterrar o processo que pedia a cassação do deputado;

9) ameaças relatadas pelo ex-relator do Conselho de Ética, Fausto Pinato (PRB-SP); e

10) relato de oferta de propina a Pinatto, ex-relator do processo de Cunha no Conselho de Ética.

Moro citou ainda risco à ordem pública e risco à aplicação da lei penal ao defender a prisão do ex-deputado.

Outro lado

Uma das advogadas de Eduardo Cunha, Fernanda Tortima, disse que ainda está lendo os documentos que embasam o mandado de prisão contra o ex-deputado e que deverá se manifestar sobre o caso em breve.

Outras denúncias contra Cunha

O deputado também é alvo de uma terceira denúncia criminal, que ainda não foi aceita pela Justiça. O caso foi encaminhado pelo ministro Teori Zavascki à Justiça Federal do Distrito Federal.

A denúncia acusa o peemedebista de participar de um esquema de propina ligado à liberação de recursos do FI-FGTS, fundo de investimentos do FGTS. A ação é baseada na delação do ex-vice-presidente da Caixa, Fábio Cleto, apontado como próximo a Cunha. Em nota divulgada à época da divulgação da denúncia, Cunha afirmou que não possui “operador” e não autorizou “ninguém a tratar qualquer coisa” em seu nome.

Há ainda seis inquéritos em que Cunha é investigado suspeito de participação em casos de corrupção. O deputado nega as suspeitas e tem afirmado que vai provar sua inocência.

Um inquérito apura se ele recebeu R$ 52 milhões em propina do consórcio formado por Odebrecht, OAS e Carioca Christiani Nielsen Engenharia, que atuava na obra do Porto Maravilha, no Rio.

Outro inquérito investiga o deputado por suposto recebimento de propina da Furnas Centrais Hidrelétricas.

Cunha também é alvo de inquéritos que investigam o financiamento de diversos políticos por meio do petrolão, pela suposta venda de emendas parlamentares, pela apresentação de requerimentos para pressionar o banco Schahin e pelo suposto favorecimento à OAS em troca de doações eleitorais.

Cunha também é réu em outro processo ligado às suspeitas de corrupção na Petrobras, no qual ele é acusado de receber propina ligada à contratos de navios-sonda pela Petrobras. Esse caso está sob a responsabilidade do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Rio de Janeiro).

 

Fonte: UOL

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BC encontra quase R$ 31 milhões em contas ligadas a Palocci

O juiz Sergio Moro havia decretado o bloqueio de até R$ 128 milhões de Palocci, valor que os investigadores estimam ter sido pago pela Odebrecht ao PT

 

Por ordem do juiz Sergio Moro, o Banco Central bloqueou esta semana quase 31 milhões de reais das contas correntes do petista Antonio Palocci, ex-ministro dos governos Lula e Dilma preso na Operação Lava Jato. Investigado por relações obscuras com a empreiteira Odebrecht, cujos interesses representava no Palácio do Planalto, Palocci foi detido na última segunda-feira sob suspeita de ter recolhido propina e de atuar diretamente como intermediário dos interesses da Odebrecht, a maior empreiteira do país e cujo diretor-presidente, Marcelo Odebrecht, está atrás das grades desde junho do ano passado.

Sergio Moro havia decretado o bloqueio de até 128 milhões de reais em recursos das contas de Palocci, e o mesmo montante para os assessores do petista Juscelino Dourado e Branislav Kontic e duas empresas investigadas na 35ª fase da Lava Jato, incluindo a Projeto Consultoria Empresarial e Financeira. Na Projeto Consultoria Empresarial e Financeira, empresa de Palocci, foram encontrados 30.064.080,41 reais, já bloqueados. Nas contas correntes do ex-ministro em três bancos, foram amealhados mais 814.648,45 reais, sendo o maior valor no Bradesco – 694.186,76 reais.

Ao executar o bloqueio de valores, o Banco Central registrou que não foi encontrado um único centavo nas contas registradas em nome de Juscelino Dourado. Na conta de Kontic, apenas 1501,03 reais.

Palocci já foi objeto de comunicações de operações financeiras no valor de 211 milhões de reais entre 2010 e 2015 em relatórios produzidos pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), órgão do Ministério da Fazenda que investiga lavagem de dinheiro. A maior parte do dinheiro foi movimentada por meio da Projeto, empresa do ex-ministro. O COAF enumerou operações suspeitas de Palocci em pelo menos 11 comunicações enviadas ao Ministério Público, à Polícia Federal e à CPI do BNDES.

O relatório do COAF cita vários outros nomes de empresas e pessoas jurídicas, que agora poderão ser definitivamente levados para o epicentro do escândalo. Entre os remetentes de recursos para a conta bancária da empresa de Palocci estão o empresário Edson de Godoy Bueno, ex-dono da Amil, com 20 milhões de reais, e a montadora CAOA, com 5,3 milhões de reais. A CAOA está envolvida em um esquema de compra de medidas provisórias e já vinha sendo investigada nas operações Acrônimo e Zelotes.

 

Fonte: veja.abril.com.br

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Senador aciona STF para anular direitos políticos de Dilma

Brasília – O senador Álvaro Dias (PV-PR) afirmou nesta quinta-feira (1) que a manutenção dos direitos políticos da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) é uma afronta à Constituição.

O líder do PV no Senado protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um mandado de segurança no qual pede a anulação da segunda votação do julgamento do impeachment pelo Senado, que manteve a habilitação da petista para ocupar cargos públicos.

“Houve uma afronta à Constituição porque o pedido de destaque é absolutamente inconstitucional. Para preservar a Constituição e evitar que esse precedente perigoso permaneça no âmbito jurídico, nós estamos propondo a anulação da segunda votação e a acolhida integral, conforme os dispositivos da Constituição, da primeira votação”, afirmou.

Na quarta-feira (31) o Senado aprovou o impeachment de Dilma. 61 senadores endossaram o processo de afastamento, ante 20 votos contrários. Em uma segunda votação, porém, ficou decidido que Dilma não perdesse o direito de ocupar cargos públicos por 8 anos. Apenas 42 senadores votaram pela inabilitação. Eram necessários 54 votos. Veja como votou cada senador pelos direitos políticos de Dilma.

Inicialmente, o Senado faria apenas uma votação para determinar o impeachment e a inabilitação de Dilma Rousseff, conforme previsto na Constituição. No entanto, após apresentação de destaque pela bancada do PT, o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, que também presidiu o processo de impeachment, determinou a realização de duas votações.

Mais cedo, um grupo de 12 pessoas entrou com outra ação pedindo a anulação da segunda votação que foi protocolada no STF.

Tucanos vão pelo mesmo caminho

Após idas e vindas, o PSDB decidiu que também entrará com um mandado de segurança contra a segunda votação do processo de impeachment, que manteve os direitos políticos da ex-presidente.

O documento do PSDB será protocolado no STF nesta sexta-feira (2). A assessoria jurídica do partido foi acionada e está preparando o mandado.

Logo após a votação, o partido tucano considerou entrar o recurso, mas a ideia perdeu força diante dos temores que isso pudesse reverter o resultado da primeira votação.

 

Fonte: Exame.abril.com.br

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Ação pede à Justiça corte de metade do salário de Dilma

BRASÍLIA – Integrantes de movimentos pró-impeachment pediram à Justiça Federal do Distrito Federal que seja determinado o corte pela metade do salário da presidente afastada Dilma Rousseff, bem como a proibição de uso por ela do avião presidencial, bem como de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para deslocamentos em agenda.
A ação popular questiona ato do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que manteve o salário de R$ 27,8 mil e lhe concedeu direito a uso de aviões para o deslocamento. A ação foi protocolada pela advogada Dênia Érica Gomes Ramos Magalhães em nome de Miriam Rodrigues Lopes de Barros e Alexandre Victor Borges Scavardoni.
Os três são militantes de grupos favoráveis ao afastamento de Dilma. A advogada Dênia e Miriam,inclusive, assinaram um pedido de impeachment entregue pelo Movimento Brasil Livre (MBL) à Câmara no ano passado.
Em relação ao salário de Dilma, é mencionado que a Lei 1079 de 1950, que regula o processo de impeachment, prevê que durante o afastamento o presidente tenha direito a apenas metade da remuneração. “Manter a remuneração integral da presidente suspensa é uma grave violação e afronta ao princípio da legalidade insculpido do artigo 37 da Constituição, eis que existe na lei que rege o afastamento disposição acerca da remuneração durante o período de suspensão para julgamento”, diz trecho da ação proposta.
Sobre o direito a transporte, o argumento é que ele só existe devido às funções de presidente e que como Dilma está afastada não teria mais esse direito. A ação afirma que somente poderia haver deslocamento de Brasília para Porto Alegre, onde Dilma tem residência.
“No caso da presidente suspensa Dilma Rousseff, não haverá agenda presidencial a ser cumprida, com exceção do comparecimento ao julgamento perante o Senado Federal”, diz a ação. Há o pedido de uma liminar para determinar o corte do salário e a proibição do uso de aviões da FAB para deslocamentos que não sejam para a residência da presidente afastada.
Solicita-se ainda a devolução de valores que forem gastos até que seja concedida a liminar.
Até o momento, porém, Dilma só utilizou avião para ir a Porto Alegre, onde chegou nessa sexta-feira. A ação foi distribuída automaticamente para a juíza Diana Maria Wanderlei da Silva, da 5ª Vara Federal.

 

Fonte: O Globo

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Confirmado horário da sessão de votação da comissão do impeachment na 2ª feira.

SÃO PAULO – O presidente da comissão do impeachment, Rogério Rosso (PSDDF), confirmou nesta sexta-feira (8) que a sessão para votação do processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff terá início às 10h (horário de Brasília) da próxima segunda-feira.
Hoje, ocorre a sessão para discutir o parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO). A sessão começou há pouco e terá que ser encerrada até as 3h da madrugada de amanhã (9). Esse foi o acordo firmado pelos partidos com o presidente do colegiado no início da tarde desta sexta-feira, depois de quatro dias de tentativa de negociação.
O processo de votação deve durar cerca de cinco horas, considerando que a votação só ocorre depois da manifestação de líderes e orientações de bancada.
Segundo Rosso, na ausência do titular, votará o suplente do bloco. O resultado da votação será lido na próxima sessão ordinária do plenário da Câmara, o que deve ocorrer na terça-feira (12), para que seja publicado no Diário da Casa no dia seguinte. Quarenta e oito horas depois, o parecer entra na Ordem do Dia da Casa para ser discutido e votado pelos 513 deputados.
Qualquer decisão, precisa de dois terços dos votos. Mais cedo, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), criticou os deputados que optarem por se ausentar da decisão do impedimento da presidenta Dilma.

 

“Acho muito pouco provável que algum parlamentar queira ficar para a história como ausente, sob suspeição por não participar de um processo desse. Dificilmente ele conseguirá explicar a seus eleitores por que esteve ausente. Aqueles que têm sua posição vão exercê-la aqui, seja para um lado ou para outro”, disse, ao declarar que a ausência será interpretada como não acolhimento à denúncia. Eduardo Cunha ainda repetiu as informações sobre o rito do processo e negou que o esteja conduzindo para que a votação ocorra no fim de semana, na busca pelo apoio de manifestantes nos arredores do Congresso Nacional. “Não sou favorável, nem contrário. A adesão popular acontecerá no dia em que houver votação e em qualquer circunstância.
Não vejo isso como estímulo ou desestímulo, mas como consequência natural de um processo que precisa ser encerrado”.
As previsões de Cunha indicam uma discussão lenta que poderá levar mais de um dia. “O impeachment do Collor foi feito em dois dias. São 513 parlamentares, o que pode resultar em oito horas de votação. Prevejo no mínimo três dias de sessão. Não quer dizer que vá acabar no domingo. Pode acabar na segunda. Isso já aconteceu várias vezes na Casa”, disse.

 

Fonte: Info Money

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Novas revelações da Andrade Gutierrez: impeachment já!

As revelações feitas pelos executivos da Andrade Gutierrez parecem pôr um ponto final às esperanças ou artimanhas daqueles que imaginavam, a exemplo do ministro Marco Aurélio, do Supremo, que a crise que aí está se resolve com uma reunião de senhores da guerra, como sugeriu este que abriu mão de ser magistrado para ser uma espécie de porta-voz do governo de turno entre os togados.

Em sua delação, a Andrade Gutierrez admite que as empresas que participaram do consórcio de Belo Monte aceitaram pagar a fabulosa soma de R$ 150 milhões em propina — ou 1% do que obteriam em contratos. Nota: Teori Zavascki, relator do petrolão, já homologou tal delação. E isso significa que os indícios apresentados pelos delatores são consistentes e ajudam a desvendar a tramoia.

Os recursos teriam sido pagos ao longo da obra, fraternalmente divididos entre PT e PMDB, na forma de doações legais de campanha em 2010, 2012 e 2014. Segundo a delação, os valores foram pagos pelo conjunto das empresas do consórcio, a saber, consideradas as várias fases do projeto: além da Andrade Gutierrez, há Odebrecht, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Mendes Júnior, Serveng-Civilsan, Contern, Cetenco, Gaia, Galvão e J.Malucelli.

O ministro Teori Zavascki decidiu manter sigilo sobre o conteúdo: “Em matéria de delação premiada, a lei estabelece que tudo tem que ser mantido em sigilo. Enquanto as partes não abrirem mão do sigilo, eu vou manter a lei”. A Procuradoria-Geral da República tende a concordar com o procedimento.

Não custa lembrar de um detalhe nada irrelevante: essa é a delação da segunda maior empreiteira do país: a Andrade Gutierrez. Nada se sabe ainda do que pode ser revelado pela primeira, a Odebrecht. O acordo está em curso.

Assistimos, nos dias que correm, à mais desavergonhada negociação de que tem notícia na República para tentar manter no cargo a presidente. Os métodos a que recorre o governante “de facto”, Luiz Inácio Lula da Silva, encontraram seu momento de consagração em práticas como as reveladas pela Andrade Gutierrez.

Ou por outra: para que uma penca impressionante de crimes não encontre a sua devida penalidade política, outros tantos estão sendo cometidos.

Nem PT nem PMDB
É claro que os detalhes que vêm a público jogam água no moinho da tese da antecipação das eleições, já que PT e PMDB teriam dividido fraternamente a propina.

Que fique claro: caso se evidencie que o vice, Michel Temer, participou de tal conluio, que seja igualmente punido, e, nesse caso, as eleições são um determinação constitucional. A impugnação da chapa que elegeu Dilma e Temer está sob julgamento no TSE, é bom não esquecer.

O que pode vir a ser feito num futuro próximo ou no médio prazo, a depender dos desdobramentos, não pode impedir que se faça o que tem de ser feito agora para que se tente tirar o país do atoleiro: a única resposta que o Congresso pode dar ao que está em curso é o impeachment da presidente Dilma, com a consequente posse do vice.

Assim como Dilma não consegue impedir a Lava Jato de seguir o seu rumo, não o conseguirá Temer se presidente. Uma vez na Presidência, se ficar evidente que também cometeu crime de responsabilidade, também ele será devidamente deposto pelas leis.

Nenhum país deveria passar por isso. Mas as coisas, no entanto, estão aí e são o que são. Essas práticas corroem as instituições e condenam os pobres à pobreza. Que saia do poder quem se mostrar incompatível com ele. Só assim vamos fortalecer a democracia. Só assim teremos futuro.

 

 

Fonte:  Veja.com

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Com Marina, Rede lança campanha por novas eleições em Brasília

Com a presença da ex-presidenciável Marina Silva, a Rede Sustentabilidade lança nesta terça-feira a campanha “Nem Dilma, Nem Temer, Nova Eleição é a Solução”.
O ato, que será realizado no Hotel Nacional, em Brasília, a partir das 12 horas, prega a realização de novas eleições como solução para o impasse da crise política do Brasil.

Na avaliação da Rede, a presidente Dilma Rousseff (PT) e o vice Michel Temer (PMDB) são responsáveis pela atual situação em que o país se encontra. Desde o ano passado, Marina Silva tem defendido a ideia de que, em vez do impeachment, a melhor saída seria a cassação da chapa Dilma e Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com a realização de um novo pleito ainda este ano.

 

 

Fonte: veja.com.br