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Ex-deputado Eduardo Cunha é preso em Brasília e tem R$ 220 mi bloqueados

O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi preso nesta quarta-feira (19) em Brasília. A prisão do deputado é preventiva, segundo informou a Polícia Federal. O ex-deputado foi detido próximo ao local onde mora na capital federal.

Cunha é réu em processos da Operação Lava Jato que estão sob a responsabilidade do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.

A ordem de prisão foi expedida por Moro na última terça-feira (18).

Também foi decretado o bloqueio de bens de Cunha no valor de R$ 220.677.515,24.

No pedido de prisão, os procuradores da força-tarefa da Lava Jato sustentaram que a liberdade do ex-parlamentar representava risco à instrução do processo, à ordem pública, como também a possibilidade concreta de fuga em virtude da disponibilidade de recursos ocultos no exterior, além da dupla nacionalidade (Cunha é italiano e brasileiro).

O juiz é responsável pela ação penal na qual Cunha é réu sob a acusação de ter recebido propina em contas na Suíça do esquema de corrupção da Petrobras.

A denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) sustenta que o ex-deputado recebeu mais de R$ 5 milhões em propina por viabilizar a aquisição de um campo de petróleo em Benin, na África, pela Petrobras.

De acordo, com o MPF, Cunha recebeu US$ 1,5 milhão a título de propina, por intermédio do operador financeiro João Augusto Rezende Henriques, que depositou o valor em uma conta na Suíça. Henriques também se encontra preso preventivamente desde agosto de 2015 e já respondia pelos mesmos fatos perante a 13.ª Vara Federal Criminal desde junho de 2016. Na mesma ação penal foram denunciados Jorge Luiz Zelada, ex-diretor da Petrobras, Idalecio Oliveira, empresário português que era proprietário do campo, e Cláudia Cordeiro Cruz, mulher de Cunha, que é acusada de seu utilizar de uma conta em seu nome para ocultar a existência dos valores.

 

Razões para a prisão

O Ministério Público Federal cita dez motivos para a prisão de Cunha.

1) requerimentos no Tribunal de Contas da União (TCU) e Câmara dos Deputados sobre a empresa Mitsui para forçar o lobista Julio Camargo a pagar propina a Eduardo Cunha;

2) requerimentos contra o grupo Schahin, cujos acionistas eram inimigos pessoais do ex-deputado e do seu operador, Lucio Bolonha Funaro;

3) convocação pela CPI da Petrobras da advogada Beatriz Catta Preta, que atuou como defensora do lobista Julio Camargo, responsável pelo depoimento que acusou Cunha de ter recebido propina da Petrobras;

4) contratação da Kroll pela CPI da Petrobras para tentar tirar a credibilidade de colaboradores da Operação Lava Jato;

5) pedido de quebra de sigilo de parentes de Alberto Youssef, o primeiro colaborador a delatar Eduardo Cunha;

6) apresentação de projeto de lei que prevê que colaboradores não podem corrigir seus depoimentos;

7) demissão do servidor de informática da Câmara que forneceu provas evidenciando que os requerimentos para pressionar a empresa Mitsui foram elaborados por Cunha, e não pela então deputada “laranja” Solange Almeida;

8) manobras junto a aliados no Conselho de Ética para enterrar o processo que pedia a cassação do deputado;

9) ameaças relatadas pelo ex-relator do Conselho de Ética, Fausto Pinato (PRB-SP); e

10) relato de oferta de propina a Pinatto, ex-relator do processo de Cunha no Conselho de Ética.

Moro citou ainda risco à ordem pública e risco à aplicação da lei penal ao defender a prisão do ex-deputado.

Outro lado

Uma das advogadas de Eduardo Cunha, Fernanda Tortima, disse que ainda está lendo os documentos que embasam o mandado de prisão contra o ex-deputado e que deverá se manifestar sobre o caso em breve.

Outras denúncias contra Cunha

O deputado também é alvo de uma terceira denúncia criminal, que ainda não foi aceita pela Justiça. O caso foi encaminhado pelo ministro Teori Zavascki à Justiça Federal do Distrito Federal.

A denúncia acusa o peemedebista de participar de um esquema de propina ligado à liberação de recursos do FI-FGTS, fundo de investimentos do FGTS. A ação é baseada na delação do ex-vice-presidente da Caixa, Fábio Cleto, apontado como próximo a Cunha. Em nota divulgada à época da divulgação da denúncia, Cunha afirmou que não possui “operador” e não autorizou “ninguém a tratar qualquer coisa” em seu nome.

Há ainda seis inquéritos em que Cunha é investigado suspeito de participação em casos de corrupção. O deputado nega as suspeitas e tem afirmado que vai provar sua inocência.

Um inquérito apura se ele recebeu R$ 52 milhões em propina do consórcio formado por Odebrecht, OAS e Carioca Christiani Nielsen Engenharia, que atuava na obra do Porto Maravilha, no Rio.

Outro inquérito investiga o deputado por suposto recebimento de propina da Furnas Centrais Hidrelétricas.

Cunha também é alvo de inquéritos que investigam o financiamento de diversos políticos por meio do petrolão, pela suposta venda de emendas parlamentares, pela apresentação de requerimentos para pressionar o banco Schahin e pelo suposto favorecimento à OAS em troca de doações eleitorais.

Cunha também é réu em outro processo ligado às suspeitas de corrupção na Petrobras, no qual ele é acusado de receber propina ligada à contratos de navios-sonda pela Petrobras. Esse caso está sob a responsabilidade do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Rio de Janeiro).

 

Fonte: UOL

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Lula vira réu por tentar obstruir a Operação Lava Jato

O ex-presidente é acusado de ter feito parte de um esquema arquitetado para comprar o silêncio de um delator

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sentará no banco dos réus pela primeira vez em sua história. O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara do Distrito Federal, aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal que acusa o ex-presidente de comandar um esquema para obstruir a Operação Lava-Jato. Em sua última edição, VEJA revelou os detalhes das acusações feitas pelo procurador da República Ivan Cláudio Marx.

As provas apresentadas contra Lula são fartas e consistentes. De acordo com documentosobtidos por VEJA, ligações telefônicas, extratos bancários e e-mails revelam que o ex-presidente impeliu o ex-senador Delcídio do Amaral para que adotasse “medidas para a compra do silêncio de Nestor Cerveró”, ex-diretor da área internacional da Petrobras. O objetivo era evitar que Cerveró fechasse um acordo de delação premiada, que comprometeria tanto Lula como um dos seus amigos mais próximos,  José Carlos Bumlai. O pecuarista contratou um empréstimo de 12 milhões de reais com o banco Schahin para saldar dívidas de campanhas do PT em 2006. Em troca, o grupo Schahin ganhou um contrato bilionário com a diretora comandada por Cerveró. Procurada por Delcidio, a família de Bumlai resolveu ajudar no complô contra a Lava-Jato — e desembolsou 250 000 reais para pagar os honorários do advogado Edson Riberio, que defendia o ex-diretor da Petrobras .

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HSBC recomenda “grande compra” de títulos brasileiros

 

Há sinais de que o Banco Central poderá ancorar as expectativas de inflação da mesma forma que fez o BC da Índia, sob o comando de Raghuram Rajan, ao resistir às pressões para cortar juros até que a política fiscal tenha se estabelecido, diz o HSBC, em relatório assinado por Alejandro Martinez-Cruz, André de Silva e Himanshu Malik.

Governo interino está conseguindo apoio do Congresso para reforma fiscal Perspectiva para a inflação também melhorou e alívio monetário deve ocorrer quando a credibilidade fiscal estiver estabelecida
“Embora o Brasil já registre desempenho melhor do que os emergentes neste ano, acreditamos que exista amplo espaço para as taxas nominal e real caírem ainda mais”

HSBC também avalia que o prêmio de risco da inflação poderá se comprimir e o alívio monetário poderá ir bem além do que está precificado
HSBC estima que o BC cortará a Selic para 10% até o final de 2017, ante 11,5% precificado na curva do DI

“O cenário global é bom. Liquidez adicional e e estímulos mais amplos darão suporte para o mercado de juros no Brasil, já que o yield real negativo nos EUA encoraja os investidores a buscar retornos positivos ajustados pela inflação”

Fonte: InfoMoney

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Lei pode obrigar Bancos a trocar dispositivo de segurança das agências

São Paulo – Se depender da Câmara Municipal de São Paulo, em breve as 3.240 agências bancárias da cidade deverão trocar os detectores de metal das portas giratórias por escâneres corporais, tecnologia adotada em aeroportos nos Estados Unidos contra ataques terroristas com armas químicas.

Um sistema desse tipo pode custar 900.000 reais e tem efeito similar ao dos atuais detectores de metal para prevenir assaltos a mão armada. A troca, inócua, faria os bancos gastar 3 bilhões de reais na capital paulista. Se fosse adotada na rede de 23.000 agências bancárias Brasil afora, a conta poderia chegar a 20 bilhões de reais.

Essa é apenas uma consequência da sanha legislativa sobre o setor financeiro. Dos 48.000 projetos de lei em tramitação em estados e municípios, 5.500 dizem respeito à atividade bancária, segundo a Febraban, associação dos bancos. Por ano, são 200 novas propostas de lei — uma por dia útil. Alguns textos em vigor mostram a disposição dos legisladores em regular a atividade no detalhe.

Em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, as agências são obrigadas a ter música ambiente. A 527 quilômetros dali, em Novo Hamburgo, pagar uma conta também é uma chance de visitar uma galeria: uma lei municipal obriga a exibição de obras de arte nas dependências das agências bancárias locais.

“Em nome de boas intenções, os legisladores promovem ingerências desnecessárias”, diz Leandro Vilain, diretor de operações da Febraban, que tem 15 especialistas para rastrear novas regras. Pelo visto, trabalho não vai faltar.

 

Fonte: Exame

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Em vídeo, Lula diz que aprovação do impeachment vai agravar a crise no país

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou, nesta sexta-feira (15), um vídeo nas redes sociais em que diz que o impeachment é golpe e que se for aprovado no próximo domingo agravará a crise. Ele diz que ninguém que não teve a legitimidade do voto conseguirá governar o país e contará com o respeito da população. O vídeo de Lula é uma estratégia casada com a presidente Dilma Rousseff, que hoje à noitefará um pronunciamento à nação em cadeia nacional de rádio e TV.

Veja o vídeo

“Ninguém conseguirá governar um país de 200 milhões de habitantes, uma das maiores economias do mundo, se não tiver a legitimidade do voto popular. Ninguém será respeitado como governante se não respeitar, primeiro, a constituição e as regras do jogo democrático. Ninguém será respeitado se não prosseguir no combate implacável à corrupção.”, diz Lula no vídeo.

 

Ele começa sua fala dizendo que “juntos” conseguimos vencer a fome, reduzir a desigualdade, superar desafios econômicos, políticos e sociais e derrubar “o muro que dividia o Brasil entre os que tudo podiam e os que sempre ficaram à margem da história.” Lula diz que todo o esforço que foi feito nesse sentido pode ser “jogado fora por um passo errado, um passo impensado, no próximo domingo.”

 O ex-presidente confia que o impeachment de sua sucessora será barrado no plenário da Câmara no domingo, e afirma que já na segunda-feira estará “empenhado” para um “novo modo de governar”, valendo-se de sua “experiência”.

“Derrotado o impeachment, já na segunda-feira, independente de cargos, estarei empenhado, junto com a presidenta Dilma, para que o Brasil tenha um novo modo de governar. Nessa próxima etapa, vou usar minha experiência de ex-presidente para ajudar na reconstrução do diálogo e unir o país”, declarou Lula, defendendo que foi graças ao “diálogo” que “todos os setores ganharam” em seu governo.

Lula reconhece que o governo tem “falhas”, mas aponta o caminho da “responsabilidade” e “maturidade” para recuperar a credibilidade internacional do país. O ex-presidente faz um apelo para que “todos confiem” em sua palavra e mantenham a “defesa da democracia”.

“Por isso, peço a todos que confiem na minha palavra e mantenham a defesa da democracia”, disse Luiz Inácio Lula da Silva, e completou colocando a derrubada do impeachment de Dilma como uma etapa que precederá a superação da crise: – Vamos derrotar o impeachment e encerrar de vez essa crise.

Lula diz também esperar “novamente” fazer o Brasil “maior e mais justo”.

 

 

 

Fonte – Gazeta do Povo

 

 

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Após ser citado em delação de Delcídio, Aécio Neves deve ser investigado pela Lava Jato

SÃO PAULO – O senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, deve ser investigado formalmente pela Lava Jato após a delação premiada de Delcídio do Amaral citar o tucano em um esquema de propina.
Aécio já negou as informações e disse que são mentiras e questões “requentadas” pelos petistas.
O caso ainda será avaliado pelos procuradores do grupo de trabalho da operação na PGR (Procuradoria-Geral da República), mas segundo a Folha de S. Paulo, a abertura de inquérito deve realmente acontecer.
Em sua delação, Delcídio disse que Aécio recebeu propina de Furnas e também estaria envolvido em um caso na CPI do Correios, no qual ele teria atrasado o envio de dados do Banco Rural para fazer uma “maquiagem” nas informações.

 

 

Fonte: InfoMoney

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Ex-deputado que afirmou que “Lula sabia do petrolão” fecha delação premiada

SÃO PAULO – O ex-deputado e ex-presidente do PP, Pedro Corrêa, assinou acordo de colaboração premiada com o Ministério Publico Federal em Curitiba, segundo confirmações da última segunda-feira (14).

Ele prestará os depoimentos a procuradores da força-tarefa da operação Lava Jato. A delação ainda precisa ser homologada pela Justiça. Corrêa é o segundo político que decide entregar o que sabe em troca de possível redução de pena, além de Delcídio do Amaral (PT-MS).

Durante negociação de delação premiada, o deputado afirmou que Lula sabia da existência do Petrolão e da função exercida no esquema pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, segundo reportagem da revista Época, publicada no início do mês.

Dos 73 capítulos e dos mais de 130 agentes políticos citados na proposta de delação premiada, que deve ser assinada nos próximos dias, o personagem principal é o ex-presidente, disseram investigadores ouvidos pela revista.

 

Fonte: InfoMoney

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Dilma diz que não vai renunciar

Em reunião com reitores de universidades federais nesta sexta-feira (11), a presidente Dilma Rousseff falou sobre o seu futuro, reconheceu que o momento político é delicado, mas disse que não pensa em renunciar ao cargo. “Ela disse que o governo vai continuar trabalhando, na batalha e que não existe possibilidade de renúncia”, afirmou o reitor da Universidade de Brasília (UNB), Ivan Camargo, ponderando que a fala foi dentro de um contexto em que ela falava de projetos de futuro. “Ela estava tranquila, dizendo que vai continuar firme e que o futuro do país passa pela educação e democracia.”

Segundo reitores presentes no encontro, Dilma fez “um longo desabafo” sobre a situação do seu padrinho político Luiz Inácio Lula da Silva e disse que há preocupação com o processo de Lula. A presidente reforçou que “não há base legal” para o pedido de prisão preventiva do ex-presidente. “Ela falou que o momento é delicado, disse que o ex-presidente Lula está sendo vítima de um processo em que não há base legal. E ela acha que não se sustenta esse processo”, afirmou o reitor da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Jefferson Fernandes.

Camargo afirmou ainda que Dilma se mostrou “tranquila, apesar de preocupada” com a situação de Lula. “Ela estava tranquila, mas mostrou preocupação com a situação de Lula e disse que é preciso ter respeito aos devidos processos legais.”

Presente na reunião, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, também fez uma defesa do ex-presidente Lula, segundo relatos. O ministro fez coro à “injustiça” que está sendo feita e afirmou que está havendo um “desrespeito” à figura do ex-presidente.

A presidente teria dito ainda que a crise econômica está dando sinais de arrefecimento, mas reconheceu que o aspecto político tem interferido na retomada do crescimento. Segundo o reitor da UFRR, Dilma garantiu que não haverá mais cortes de verbas na área da educação. “Ela disse que o que tinha que cortar já foi cortado e que política agora será de desacelerar a expansão (das universidades), mas manter as conquistas”, afirmou.

Fonte: Gazeta do Povo