Categorias
Empregos

Banco Contrata – Vaga Gerente de Relacionamento

Vaga Gerente de Relacionamento

Banco Contrata – Vaga Gerente de Relacionamento

A Unicred Serra Mar disponibiliza uma oportunidade externa para o Sistema. Conheça detalhadamente a descrição da vaga:
Vaga: Gerente de Negócios PF
Área: Negócios
Local: PA de Itaguaí.
Atribuições: Prestar consultoria financeira; Propor operações sadias e rentáveis a Cooperativa; Visitar toda carteira de Cooperados PF a cada 90 dias; Municiar o Gerente de Desenvolvimento com informações gerenciais da carteira; Primar pela qualidade no atendimento do Cooperado. Requisitos: Graduação em Administração de Empresas; Ciências Econômicas ou Marketing.
Desejável: MBA em Gestão de Negócios, finanças ou administração e CPA 10.

certificação anbima cebesa

Clique acima e conheça nossos cursos preparatórios para tirar a certificação, que é um pré-requisito incondicional para esta vaga.

 

 

vaga de emprego banco

Clique acima caso já preencha todos os pré-requisitos necessários para participar do processo seletivo.

 

Fonte: vagas.com.br

Categorias
Política Sem categoria

Ex-deputado Eduardo Cunha é preso em Brasília e tem R$ 220 mi bloqueados

O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi preso nesta quarta-feira (19) em Brasília. A prisão do deputado é preventiva, segundo informou a Polícia Federal. O ex-deputado foi detido próximo ao local onde mora na capital federal.

Cunha é réu em processos da Operação Lava Jato que estão sob a responsabilidade do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.

A ordem de prisão foi expedida por Moro na última terça-feira (18).

Também foi decretado o bloqueio de bens de Cunha no valor de R$ 220.677.515,24.

No pedido de prisão, os procuradores da força-tarefa da Lava Jato sustentaram que a liberdade do ex-parlamentar representava risco à instrução do processo, à ordem pública, como também a possibilidade concreta de fuga em virtude da disponibilidade de recursos ocultos no exterior, além da dupla nacionalidade (Cunha é italiano e brasileiro).

O juiz é responsável pela ação penal na qual Cunha é réu sob a acusação de ter recebido propina em contas na Suíça do esquema de corrupção da Petrobras.

A denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) sustenta que o ex-deputado recebeu mais de R$ 5 milhões em propina por viabilizar a aquisição de um campo de petróleo em Benin, na África, pela Petrobras.

De acordo, com o MPF, Cunha recebeu US$ 1,5 milhão a título de propina, por intermédio do operador financeiro João Augusto Rezende Henriques, que depositou o valor em uma conta na Suíça. Henriques também se encontra preso preventivamente desde agosto de 2015 e já respondia pelos mesmos fatos perante a 13.ª Vara Federal Criminal desde junho de 2016. Na mesma ação penal foram denunciados Jorge Luiz Zelada, ex-diretor da Petrobras, Idalecio Oliveira, empresário português que era proprietário do campo, e Cláudia Cordeiro Cruz, mulher de Cunha, que é acusada de seu utilizar de uma conta em seu nome para ocultar a existência dos valores.

 

Razões para a prisão

O Ministério Público Federal cita dez motivos para a prisão de Cunha.

1) requerimentos no Tribunal de Contas da União (TCU) e Câmara dos Deputados sobre a empresa Mitsui para forçar o lobista Julio Camargo a pagar propina a Eduardo Cunha;

2) requerimentos contra o grupo Schahin, cujos acionistas eram inimigos pessoais do ex-deputado e do seu operador, Lucio Bolonha Funaro;

3) convocação pela CPI da Petrobras da advogada Beatriz Catta Preta, que atuou como defensora do lobista Julio Camargo, responsável pelo depoimento que acusou Cunha de ter recebido propina da Petrobras;

4) contratação da Kroll pela CPI da Petrobras para tentar tirar a credibilidade de colaboradores da Operação Lava Jato;

5) pedido de quebra de sigilo de parentes de Alberto Youssef, o primeiro colaborador a delatar Eduardo Cunha;

6) apresentação de projeto de lei que prevê que colaboradores não podem corrigir seus depoimentos;

7) demissão do servidor de informática da Câmara que forneceu provas evidenciando que os requerimentos para pressionar a empresa Mitsui foram elaborados por Cunha, e não pela então deputada “laranja” Solange Almeida;

8) manobras junto a aliados no Conselho de Ética para enterrar o processo que pedia a cassação do deputado;

9) ameaças relatadas pelo ex-relator do Conselho de Ética, Fausto Pinato (PRB-SP); e

10) relato de oferta de propina a Pinatto, ex-relator do processo de Cunha no Conselho de Ética.

Moro citou ainda risco à ordem pública e risco à aplicação da lei penal ao defender a prisão do ex-deputado.

Outro lado

Uma das advogadas de Eduardo Cunha, Fernanda Tortima, disse que ainda está lendo os documentos que embasam o mandado de prisão contra o ex-deputado e que deverá se manifestar sobre o caso em breve.

Outras denúncias contra Cunha

O deputado também é alvo de uma terceira denúncia criminal, que ainda não foi aceita pela Justiça. O caso foi encaminhado pelo ministro Teori Zavascki à Justiça Federal do Distrito Federal.

A denúncia acusa o peemedebista de participar de um esquema de propina ligado à liberação de recursos do FI-FGTS, fundo de investimentos do FGTS. A ação é baseada na delação do ex-vice-presidente da Caixa, Fábio Cleto, apontado como próximo a Cunha. Em nota divulgada à época da divulgação da denúncia, Cunha afirmou que não possui “operador” e não autorizou “ninguém a tratar qualquer coisa” em seu nome.

Há ainda seis inquéritos em que Cunha é investigado suspeito de participação em casos de corrupção. O deputado nega as suspeitas e tem afirmado que vai provar sua inocência.

Um inquérito apura se ele recebeu R$ 52 milhões em propina do consórcio formado por Odebrecht, OAS e Carioca Christiani Nielsen Engenharia, que atuava na obra do Porto Maravilha, no Rio.

Outro inquérito investiga o deputado por suposto recebimento de propina da Furnas Centrais Hidrelétricas.

Cunha também é alvo de inquéritos que investigam o financiamento de diversos políticos por meio do petrolão, pela suposta venda de emendas parlamentares, pela apresentação de requerimentos para pressionar o banco Schahin e pelo suposto favorecimento à OAS em troca de doações eleitorais.

Cunha também é réu em outro processo ligado às suspeitas de corrupção na Petrobras, no qual ele é acusado de receber propina ligada à contratos de navios-sonda pela Petrobras. Esse caso está sob a responsabilidade do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Rio de Janeiro).

 

Fonte: UOL

Categorias
Business

Melhor analista de câmbio do Brasil: Dólar voltará para R$ 3,00 em 2017

Evandro Buccini, da Rio Bravo Investimentos, é o líder do ranking do Banco Central de analistas de dólar; para ele, moeda fica estável até o fim do ano, mas avanço do ajuste fiscal deve pressionar a taxa para baixo.

 

SÃO PAULO – Após atingir R$ 4,00 no início deste ano, o dólar passou, aos poucos, a perder espaço e se aproximar novamente dos R$ 3,00, mas ainda sem quebrar esta barreira. Porém, isto pode mudar se o cenário econômico seguir o rumo atual. É isso que acredita o analista melhor ranqueado na lista semanal do Banco Central para projeções de câmbio.

Evandro Buccini, da Rio Bravo Investimentos, acredita que este resto de 2016 será um período de estabilidade, onde a moeda não deve sair do patamar atual, em que está oscilando em uma banda entre R$ 3,15 e R$ 3,30. E caso o ajuste fiscal continue tomando forma, junto com uma política mais lenta do Federal Reserve em elevar os juros nos EUA, o dólar teria espaço para voltar finalmente ao patamar de R$ 3,00, mas sem se distanciar muito para baixo. Segundo o analista, uma alta de juros do Fed em dezembro não seria motivo para que o dólar voltasse a subir forte. “O mercado já precificou este cenário, o que poderia estressar a moeda seria alguma surpresa sobre o ritmo de elevação ou mudança de projeções por parte do Fed”, explica Buccini. Por outro lado, ele explica que uma surpresa no sentido inverso (um adiamento da alta de juros), poderia fazer o dólar cair forte no fim do ano.

Um fator que teria poder de mudar o rumo do dólar com mais força seria a política monetária do Banco Central brasileiro. “Se o BC for violento no corte da Selic, poderá segurar uma possível queda do dólar”, diz Buccini, que ressalta que isto seria uma surpresa, mas que o cenário-base de um corte gradual dos juros é o que está incluído em sua análise. Entre outros fatores que estão preocupando os investidores, o analista acredita que não terão grande impacto, como é o caso das eleições nos EUA e a questão da repatriação de recursos por aqui. Para ele, mesmo que Donald Trump ganhe, o mercado não deve mudar de rumo completamente: “Trump pode até trazer um pouco de incerteza e volatilidade, mas os investidores vão ver que ele não tem tanto poder assim”, afirma.

Já no caso da repatriação, Buccini só vê um potencial de impacto maior se as regras mudarem. Porem, nos últimos dias, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o relator, Alexandre Baldy, confirmaram que as propostas de mudança nas regras não serão mais pautadas no Congresso, o que mantém o prazo final em 31 de outubro. Com isso, o analista explica que o mercado já precificou este movimento e que muitas pessoas não irão trazer seus dinheiros de volta, mas apenas pagar o que é necessário para regularizar o dinheiro, o que acaba não tendo um grande impacto no mercado.

Apesar de ser um mercado muito complicado de se fazer previsões, a expectativa é que o dólar não saia muito do patamar atual. Há poucas chances de ele ganhar muita força, enquanto para o próximo ano a moeda deve recuar, mas sem uma oscilação exagerada demais. Os tempos de dólar a R$ 4,00 ficaram para trás, mas ainda não está na hora de falar em câmbio abaixo de R$ 3,00.

 

 

Fonte: Infomoney

 

 

 

Categorias
Empregos

Banco BMG – Vaga Gerente Geral Agência

Vaga Gerente Geral Agência

O Banco BMG, expandindo suas operações de Varejo no território nacional, está contratando profissionais para compor sua rede de Agências.
O perfil que buscamos para atuar no nosso negócio:
– Experiência em bancos varejo no segmento pessoa física
– Forte orientação para resultados
– Foco no atendimento e relacionamento com clientes
– Alta energia e iniciativa para assumir desafios num novo negócio e atingir metas estabelecidas.

Imprescindível Certificação Anbima CPA-10

 

 

preparação emprego anbima

 

Clique acima e conheça nossos cursos preparatórios para tirar a certificação, que é um pré-requisito incondicional para esta vaga.

 

 

 

candidatar vaga banco

Clique acima caso já preencha todos os pré-requisitos necessários para participar do processo seletivo.

 

Fonte: vagas.com.br

Categorias
Dicas de Estudo

5 infalíveis dicas de estudo para quem quer passar nas certificações

Passar em um exame já não é tarefa das mais fáceis.

Por isso mesmo, é imperativo que aqueles que desejam aproveitar as oportunidades oferecidas, estejam bem preparados para o momento da prova. Mas o que fazer quando o estudo parece não fluir da maneira que deveria? Existe alguma fórmula para memorizar melhor o conteúdo na hora de estudar?

Embora essas sejam perguntas um tanto quanto subjetivas, o fato é que existem sim algumas estratégias que costumam ser úteis a todos aqueles que buscam aprimorar os estudos para conseguir bons resultados nas provas. Sabendo disso, portanto, decidimos apresentar 5 dessas estratégias logo mais a seguir. Confira!

 

Estratégias para memorização de estudo para provas

 

Gravar a própria versão de aula sobre as matérias

Especialistas afirmam que gravar a explicação da matéria com a própria voz ajuda na memorização do conteúdo. Na prática o estudante acaba interagindo de três formas diferentes com cada assunto: na primeira é preciso estudar com atenção para preparar a “aula”, na segunda há o processo de gravação em si, que contribui com a fixação do conteúdo na mente, e na outra o áudio já está gravado e pode ser ouvido no decorrer do dia para um maior aprendizado.

 

Resolver o máximo de exercícios possível

E aqui temos outra coisa considerada importante pelos especialistas em educação. Há quem diga, inclusive, que o preparo do estudante só começa realmente no momento em que ele começa a fazer os exercícios. Dito isso, quem é do tipo que só lê as matérias e nunca se preocupa em testar o aprendizado respondendo questões de provas anteriores, reduz em muito suas chances de passar.

 

Fazer fichamentos dos textos

Por mais importante que possa ser a leitura das matérias, o fato é que escrever à mão aquilo que está sendo estudado ajuda a aumentar o nível de memorização do conteúdo. Na visão de especialistas, usar as próprias palavras contribui com a assimilação dos assuntos e ajuda no aprofundamento do aprendizado. O interessante é que no futuro o estudante pode rever alguns conteúdos por meio desses fichamentos que foram escritos com palavras próprias.

 

Montar grupos de estudo

E aqui temos uma dica que embora não funcione para todos, pode ser de grande utilidade em determinados casos. A opção de montar grupos para estudar pode contribuir especialmente com aqueles que têm dificuldades de concentração, mas para isso é importante que os companheiros estejam realmente interessados em estudar.

 

Dividir o tempo de estudo em blocos

Segundo a neurociência, o cérebro humano não é capaz de se fixar por mais de uma hora em um mesmo objeto. Isso significa que para melhorar o resultado no que diz respeito ao aprendizado, é importante dividir em blocos o tempo destinado aos estudos, fazendo pequenos intervalos que podem ser usados para fazer exercícios e descansar o corpo. Outra coisa importante é variar as disciplinas estudadas, pois isso ajuda a sobrecarregar menos o cérebro.

 

 

Categorias
Certificações

Diferenças entre as Certificações

Categorias
Direto ao Ponto

O contra-ataque digital dos grandes bancos

Para os empreendedores do Vale do Silício, na Califórnia, receber investidores não é uma novidade. Por isso, a discreta visita de dois senhores brasileiros em novembro do ano passado não causou grande burburinho. Ambos aproveitaram a viagem para visitar algumas das principais fintechs locais, nomes como Credit Karma e Wealth Front, que concedem empréstimos e indicam investimentos a dezenas de milhões de clientes nos Estados Unidos. Dez meses depois, porém, o resultado do périplo de Roberto Setubal e Marco Bonomi, presidente executivo e vice-presidente de varejo do Itaú Unibanco, já era visível.

No início de setembro, o banco tornou possível abrir uma conta sem ter de comparecer a nenhuma agência. Basta fazer um selfie, fotografar os documentos e enviar para o computador do Itaú, tudo pelo celular. A parte burocrática agora dispensa a movimentação de documentos físicos. “Nossa meta é que, até 2017, os clientes poderão fazer absolutamente todas as transações com o banco pelo celular”, diz Setubal, que recebeu na quinta-feira 22 o prêmio de Empresa do Ano do anuário AS MELHORES DA DINHEIRO (leia mais aqui). “Investimos cerca de R$ 3,3 bilhões em um novo centro de processamento de dados. A nova unidade vai permitir que avancemos muito na oferta de soluções tecnológicas para os clientes.”

A revolução digital, que permitiu o lançamento do Banco Original, do Grupo J&F, também é uma prioridade no Bradesco e no Santander. O maior rival do Itaú deve anunciar, ainda neste ano, o lançamento do Bradesco Digital, provavelmente sob a marca Next. Os aplicativos que vão apoiar essas mudanças estão sendo desenvolvidos em um misto de startup e centro de pesquisas sobre atividade bancária, alojada em um prédio na Cidade de deus, em Osasco (SP). O comando é de Maurício Machado de Minas, diretor de tecnologia do banco.

O executivo Luca Cavalcanti, diretor de Canais Digitais do Bradesco, falou à DINHEIRO sobre a estratégia da instituição. “Estamos preparando o banco para a era digital, pois a demanda do cliente é essa”, diz ele. “Não pensamos apenas no aumento da eficiência e no corte de custos, mas também em uma maneira de facilitar a inclusão bancária, e a maior parte disso estará ligada, de uma forma ou de outra, a aplicativos para dispositivos móveis.” No Brasil, bancos e tecnologia sempre estiveram próximos. Não por acaso, o segundo computador adquirido por uma empresa brasileira foi um IBM 1401 comprado em 1962, pelo Bradesco.

Transações bancárias pela internet e caixas automáticos que funcionam sem intervenção humana há muito tempo fazem parte da paisagem diária. As iniciativas móveis, porém, vinham caminhando de maneira tímida. Só que isso vai mudar, pois há agora uma variável nova nessa equação: a nova geração de clientes. Os novos usuários de produtos financeiros serão os millennials, também conhecidos como Geração Y. Nascidos entre o início dos anos 1980 e o fim da década de 1990, são conhecidos por sua enorme diversidade, mas têm alguns pontos comuns. São impacientes, querem tudo, querem agora, e se frustram facilmente.

Se uma solução não agrada, partem para a próxima. Na essência, não são muito diferentes dos seus pais e avós. Mas, na prática, têm algo que lhes permite agir dessa maneira: tecnologia à disposição e facilidade para usá-la. “Isso muda as relações de consumo em toda a economia, mas com mais profundidade no sistema financeiro”, diz Guilhermo Bressane, responsável pela área de finanças do Google do Brasil. Dito assim, o cargo de Bressane pode levar a uma percepção enganosa. Ele não cuida das contas a pagar e a receber do portal, mas sim atende as empresas financeiras que são, de uma forma ou de outra, clientes do Google.

Entre elas, algumas dezenas de fintechs brasileiras e milhares de outras pelo mundo afora. Por isso, Bressane e sua equipe têm acesso a uma quantidade inimaginável de informações em tempo real sobre o que está acontecendo no mundo do dinheiro, o que lhes permite não apenas saber o que está acontecendo em tempo real, mas prever, com um razoável grau de precisão, quais serão os novos movimentos da indústria. O que ele pensa do momento atual? “Estamos prestes a testemunhar uma das mudanças mais profundas desse setor em décadas”, diz Bressane (leia entrevista ao final da reportagem).

Estatisticamente, o avô de um cliente da Geração Y considerava a ida ao banco uma hora agradável do dia. O pai de um millennial considera a ida ao banco uma obrigação. O cliente da Geração Y vive em contato com o banco, mas não sabe onde fica sua agência, nem faz questão de saber. Dados do Google, a que DINHEIRO teve acesso com exclusividade, mostram que, em média, um millennial interage com seu celular 150 vezes por dia, poucos segundos por vez, para consultar uma mensagem de texto ou postar uma foto em uma rede social. “As interações do cliente com o banco não serão muito diferentes”, diz Bressane. Assim, só os bancos que entenderem a nova forma de o cliente interagir com eles vão permanecer competitivos.

Essa é a aposta de Thiago Alvarez e Benjamin Gleason, fundadores da fintech GuiaBolso. Uma das poucas, ao lado da operadora de cartões de crédito NuBank, a contar com aportes de capital de investidores, a GuiaBolso inspira-se na Credit Karma. Nos Estados Unidos, a fintech pesquisa a classificação de risco do cidadão americano, confere quais bancos estão dispostos a emprestar-lhe dinheiro e faz a ponte com o potencial cliente, sem custo. O lucro vem da comissão paga pelo banco que concede o empréstimo. Com 60 milhões de clientes, a Credit Karma vale US$ 3,5 bilhões.

Por aqui, o GuiaBolso proporciona aos cerca de três milhões de clientes uma visão em tempo real de sua situação financeira e não intermedia empréstimos. Ainda. “O Brasil tem cerca de 60 milhões de contas bancárias, e temos muito espaço para crescer nesse mercado”, diz Alvarez. Esses concorrentes ainda não são capazes de deslocar largas fatias do mercado atual dos bancos, mas podem ser ameaças sérias ao mercado futuro. Por isso, os gigantes do varejo vêm estudando assuntos que, até há pouco tempo, eram impensáveis. “Passamos boa parte do tempo pesquisando como o cliente usa o polegar no celular”, diz Cavalcanti, do Bradesco. “A ideia é que o desenho do aplicativo seja o mais interativo possível.”

A estratégia do Santander Brasil é semelhante. Em uma incubadora de novos negócios na sede do banco, na Zona Sul de São Paulo, Alessandro Andrade, superintendente executivo de canais digitais do banco, comanda a ofensiva dos espanhóis no front digital. Os primeiros ataques vieram pelos flancos, mais especificamente o mercado de financiamentos automotivos e o processamento de transações de cartão de crédito. Isso ocorre por meio de duas subsidiárias integrais do banco, que nasceram como startups e foram adquiridas pelo Santander: o portal de classificados automobilísticos WebMotors, adquirido no início da década, e a empresa de cadastramento de usuários de cartões de crédito GetNet, comprada em 2014.

No início de setembro, o banco, por meio da GetNet, lançou um terminal de processamento de transações com cartões ligado ao celular, e as novas iniciativas vão aproveitar a base de mais de dez milhões de clientes da WebMotors. O Banco do Brasil também está surfando nessa onda virtual. Na quinta-feira 22, o banco lançou um aplicativo para digitalizar todas as transações com celular, o OuroCard-e. “Agora, tão importante quanto entregarmos um cartão de plástico para o cliente, será colocar o aplicativo em seu celular”, diz Raul Moreira, vice-presidente de negócios de varejo do BB. E o porquê de tudo isso é resumido por Setubal. “A tecnologia vai aumentar a concorrência e reduzir a margem de lucro dos bancos”, diz ele. “Precisamos estar preparados para o futuro.”

“A internet vai permitir transações financeiras on-line em larga escala”

Guilhermo Bressane, responsável pela área de finanças do Google do Brasil, falou com a DINHEIRO

Estamos em um momento de ruptura na relação entre bancos e tecnologia?
Sim. Mais da metade da população brasileira tem acesso à internet e quando essa proporção passa de 50%, isso cria um ambiente propício para vários modelos de negócio. Isso ocorre graças ao smartphone. Ele se torna o primeiro portal de acesso do consumidor, que abre mão de uma televisão mais sofisticada ou de um tablet.

Como isso beneficia as fintechs e afeta os bancos?
Uma vez que o acesso à internet está democratizado, começamos a ter a capilaridade necessária para a atuação das fintechs. A internet vai permitir transações financeiras on-line em larga escala. Os bancos dependem de agências físicas, mas isso começa a mudar.

As fintechs são complementares ou concorrentes dos bancos?
Elas até concorrem em algumas esferas, mas são muito mais complementares. Uma fintech que se propõe a ser grande assusta quem já está estabelecido no primeiro momento. Aos poucos, porém, os bancos, os adquirentes e as bandeiras de cartão acabam percebendo que isso é complementar. O grande desafio deles é encontrar maneiras de trabalhar com essas fintechs que seja produtivo para os dois lados. E isso já está ocorrendo.

 

Fonte: m.istoedinheiro.com.br